Debate sobre Violência Política de Gênero
No dia 4 de novembro, o Fórum de Tomazina, no Paraná, foi palco de um evento significativo que abordou a violência política de gênero. O encontro contou com a presença do desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), a juíza Suzana Massako Hirama Loreto de Oliveira, auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e a juíza Franciele Pereira do Nascimento, auxiliar da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a abertura, Franciele Pereira prestou homenagem às mulheres da cooperativa de agricultoras do café Matão, em Tomazina, e apresentou o vídeo intitulado “Ciclos – Corpos, Café e Cuidado”, que ilustra as intersecções entre os ciclos do corpo feminino e a economia circular relacionada ao café.
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Em sua fala, o presidente do TRE-PR enfatizou que o combate à violência política de gênero se tornou uma das prioridades de sua gestão. De acordo com ele, essa violência se manifesta de várias maneiras, incluindo situações em que homens interrompem ou dificultam a fala de mulheres em espaços públicos.
A desembargadora Suzana Massako Hirama Loreto de Oliveira destacou a relevância de garantir que as mulheres possam exercer seus direitos plenamente em ambientes públicos. Segundo ela, “uma Justiça se constrói com diversidade para que outras mulheres também possam abrir e ocupar caminhos. O verdadeiro alcance dessas transformações precisa chegar à vida concreta das pessoas. É nas cidades que a democracia ganha rosto e onde a política da transformação e do respeito precisa florescer”.
No evento, Suzana foi homenageada por servidores da comarca onde atuou por oito anos. O servidor aposentado José Roberto Vieira expressou seu orgulho ao afirmar que “é um orgulho muito grande termos uma tomazinense no CNJ”.
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A segunda parte do encontro contou com um debate entre as desembargadoras eleitorais do TRE-PR, Vanessa Jamus Marchi, Tatiane de Cássia Viese e Adriana de Lourdes Simette, além do procurador regional eleitoral do Paraná, Marcelo Godoy. Juntos, eles discutiram os temas abordados no painel anterior.
A desembargadora Vanessa Jamus Marchi afirmou que a violência de gênero tem início no ambiente familiar. “Quando o menosprezo é normalizado dentro de casa, ele também será aceito do lado de fora, nos espaços públicos”, alertou.
Em seguida, Tatiane de Cássia Viese ressaltou que um ataque a mulheres na política representa um ataque à democracia. “A construção do Brasil passa por mãos femininas, mesmo quando essas mãos não são reconhecidas”, pontuou.
A desembargadora Adriana de Lourdes Simette refletiu sobre a necessidade de ampliar a participação das mulheres na política. “É essencial que a primeira porta de acesso, que são os partidos políticos, se abra para a participação efetiva das mulheres, independentemente da cor ou da bandeira que carreguem”, destacou.
Marcelo Godoy, por sua vez, sublinhou a importância da transparência do sistema de justiça, especialmente a Justiça Eleitoral, em suas interações com a sociedade. “A cassação de uma chapa por fraude na cota de gênero é uma decisão grave, mas necessária para protegermos valores que são essenciais para todos”, concluiu.
