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    Saúde

    Controle Social do SUS: Garantindo Justiça Climática com Participação Popular

    admin_feirinha_de_santanaBy admin_feirinha_de_santana9 de novembro de 2025Nenhum comentário4 Mins Read
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    O papel essencial da participação social na estratégia de vigilância em saúde frente às mudanças climáticas

    O papel do SUS na saúde global e justiça climática

    As mudanças climáticas representam um desafio significativo para a saúde mundial. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) se coloca como um ator estratégico, priorizando a participação da comunidade nas decisões de saúde pública. Essa abordagem foi debatida durante o 60º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop 2025), que ocorreu em João Pessoa (PB), entre os dias 2 e 5 de novembro. O evento reuniu uma ampla gama de profissionais, incluindo pesquisadores, gestores, e representantes de comunidades, todos engajados em discutir os impactos das alterações climáticas sobre as doenças tropicais e os ecossistemas vulneráveis.

    A abordagem intersetorial foi uma marca do congresso, com a contribuição do Conselho Nacional de Saúde (CNS) através da Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde (Civs). Este trabalho em conjunto com a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) e a Associação Brasileira de Saúde Única (Abrasuni), com o apoio do Ministério da Saúde, se mostrou vital para fortalecer as diretrizes de vigilância em saúde.

    Evidências sobre a relação entre clima e saúde

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as mudanças climáticas já resultam em cerca de 150 mil mortes anuais, um número que pode dobrar até 2030. Além disso, dados recentes indicam um aumento de 23% nos óbitos associados a ondas de calor desde os anos 1990. Infelizmente, crianças e idosos, assim como comunidades em situações de vulnerabilidade, são os mais afetados por essa situação.

    Leia também: Morte Encefálica Confirmada em Paciente com Suspeita de Intoxicação por Metanol no DF

    Fonte: olhardanoticia.com.br

    Leia também: Consea Participa do 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia em Juazeiro, Bahia

    Fonte: soudejuazeiro.com.br

    Fomentando o diálogo sobre vigilância e participação social

    No dia 4 de novembro, a Civs promoveu duas rodas de conversa no estande da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) durante o congresso. Com a contribuição dos assessores técnicos da Opas/OMS, Fernando Leles e Thania Regina Fernandes Arruda, as discussões reuniram conselheiros, trabalhadores da saúde, e representantes de movimentos sociais. O objetivo foi fortalecer a comunicação entre ciência, comunidades e políticas públicas.

    A primeira roda, intitulada “Participação social, educação e vigilância em saúde”, contou com a presença do conselheiro Alex Motta e do integrante da Civs/CNS, Luciano Simplicio. O debate enfatizou a importância da educação como ferramenta de empoderamento comunitário e de conscientização sobre os riscos à saúde. Essa abordagem busca promover um controle social mais eficiente, utilizando uma comunicação acessível.

    A segunda roda, focada em “Participação social e vigilância popular em saúde”, discutiu práticas de mobilização comunitária e a relação entre determinantes sociais e saúde. José Carlos Veloso, representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), também participou, ressaltando a vigilância popular como um recurso para proteger vidas e assegurar direitos.

    Desafios e propostas para a Vigilância em Saúde

    Um aspecto destacado durante o evento foi a presença de tradutores, que garantiu acessibilidade e melhor entendimento dos conteúdos apresentados. A participação diversificada de pessoas de várias regiões indicou um crescente interesse pela integração entre vigilância em saúde e participação cidadã.

    As discussões realizadas nas rodas de conversa alinhavam-se com as diretrizes da Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), enfatizando a necessidade de reforçar a capilaridade das Comissões Intersetoriais de Vigilância em Saúde em municípios, bem como a importância de promover a transparência nas decisões relacionadas à saúde.

    Uma Só Saúde: Interconexões entre saúde e meio ambiente

    O conceito de Uma Só Saúde, que foi oficialmente reconhecido no Brasil em 2024, integra saúde humana, animal e ambiental. Com 72% das doenças infecciosas humanas emergindo de patógenos de vida silvestre, a crise climática também é uma questão de saúde pública. Doenças como malária e dengue estão se expandindo para regiões antes inócuas, o que exige adaptação dos sistemas de vigilância.

    O controle social do SUS, dessa forma, é vital para promover a justiça climática. Durante as discussões, conselheiros destacaram que os impactos das mudanças climáticas afetam desproporcionalmente comunidades vulneráveis e indígenas. Assim, o objetivo do controle social é duplo: fortalecer a PNVS, que ainda necessita ser totalmente implementada, e assegurar que suas diretrizes sejam integradas aos planos climáticos setoriais.

    A Civs está comprometida em garantir que as políticas climáticas sejam ajustadas às necessidades locais e orientadas para a justiça climática. Além das rodas de conversa, uma oficina também foi promovida, gerando propostas concretas para melhorar a resiliência e a capacidade adaptativa do SUS. As recomendações incluem aprimorar sistemas de alerta para eventos climáticos extremos e integrar monitoramentos ambientais e sanitários.

    Em suma, o congresso reforçou a ideia de que a crise climática é indissociável da crise de saúde e que a formalização da PNVS é essencial para que o SUS responda de forma proativa e justa diante desses desafios.

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