Um encerramento significativo para o Dezembro Vermelho
No último sábado (20), Feira de Santana vivenciou um momento importante ao marcar o fechamento das atividades do Dezembro Vermelho, uma campanha nacional dedicada à conscientização e combate ao HIV/Aids. O evento ocorreu no Feiraguay, espaço que reuniu serviços de saúde, atividades educativas e diversas atrações culturais.
Durante a ação, os participantes tiveram acesso a testes rápidos para detecção do HIV, sífilis e hepatite C, além de serviços como aferição de pressão arterial, verificação de glicemia e vacinação. As palestras informativas foram uma atração à parte, promovendo conhecimento e prevenção. A festa cultural contou com apresentações musicais, o que tornou o dia ainda mais especial e inclusivo.
A Banda da Polícia Militar também fez parte do evento, que teve como um de seus apoiadores o coronel Muller. Ele contribuiu ativamente para a arrecadação de alimentos, que serão usados na montagem de cestas básicas destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social.
O portal Acorda Cidade teve a oportunidade de conversar com Josefa Farias, presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Pessoas com HIV/Aids. Em sua fala, Josefa enfatizou a relevância simbólica e social do encerramento das atividades no Feiraguay. Para ela, o local escolhido representa uma parte significativa de sua trajetória de luta.
“Tenho esse trailer há 18 anos e, há cerca de 10, realizo este evento anualmente. Nos últimos dois anos, devido a dificuldades, não consegui promover, mas, diante do que aconteceu este ano, optei por realizar quatro ações. E não poderia encerrar sem ser aqui, que é o meu espaço”, expressou.
Josefa também frisou que os serviços oferecidos durante o evento são essenciais para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças. “A vacinação, os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite C são os mais relevantes, além dos cuidados com pressão arterial e glicemia”, detalhou.
Em relação ao impacto que espera alcançar, a presidente da associação fez questão de ressaltar a necessidade de combater o preconceito. “O impacto que buscamos é afirmar um não ao preconceito, exigir respeito às pessoas que vivem com HIV e Aids. Muitas delas foram severamente afetadas, perderam empregos, foram abandonadas por suas famílias e enfrentam diversas dificuldades. O Dezembro Vermelho é um alerta: o HIV está presente, assim como o HTLV, que muitas vezes é esquecido. Precisamos de amor, especialmente neste período de Natal”, concluiu.
